sábado, 12 de maio de 2012

A ÚLTIMA MORDIDA NA MAÇÃ



Há 6 anos, o cenário da minha vida era mais ou menos assim: acabara de mudar para Presidente Prudente, trabalhava menos do que hoje, não frequentava a faculdade e as horas livres que costumava passar com meus amigos estavam realmente livres pela escassez de amigos na nova cidade. Precisava fazer algo com o tempo livre e então pensei: vou procurar um seriado novo. Como era contra a pirataria e download de seriados (cof! cof!), fui até o  Carrefour na época em que tinha uma boa variedade de boxes de seriados e arrisquei ao comprar um box todo branco, apenas com quatro mulheres na capa ("Hey, não é a Lois Lane? E essa não é aquela ruiva que fez Melrose?").

E não é que deu certo? Desperate Housewives, apesar de ser citado como o seriado para donas de casa (garanto que não sou uma) vai um pouco mais além: ele mescla, igualmente, drama, suspense, mistério, comédia. É, pode até parecer cliché, mas o episódio piloto consegue prender a atenção desde a primeira cena: uma panorâmica sobre um perfeito subúrbio americano, pessoas felizes na rua e então uma dona de casa, em sua casa impecável, que pega uma arma e atira contra sua cabeça.

Ficava estabelecido então o mistério da primeira temporada: o que teria levado Mary Alice, a "perfeita dona de casa", ao suicídio? Felizmente, somos apresentados a cada episódio a uma nova pista - ou a um novo mistério - o que acaba prendendo a atenção e fazendo com que você queira ver o próximo episódio, e mais um, e outro mais (e aqui damos o viva por eu ter comprado o box da primeira temporada completa!)...

Apesar de seu suicídio, Mary Alice é peça chave nos episódios (devido ao fato da primeira temporada girar em torno de sua morte e também pelo fato dela narrar a série - narração essa que dá uma característica única ao programa) juntamente com Bree (a ruiva que se porta como uma dama e vive em um ambiente conservador onde o importante são as aparências), Gabrielle (a morena ex-modelo que agora está casada e um pouco entediada com a vida calma), Lynette (a loira mãe de quatro crianças) e Susan (a mãe recém divorciada).

Desperate Housewives chega a seu último episódio nesse domingo, 13 de maio. A série fez tanto sucesso que uma versão brasileira chegou a ser gravada, com Sônia Braga interpretando a dona de casa suicida (só por curiosidade, compare a cena original - no link citado acima - com a versão nacional.)


O QUÊ VOCÊ NÃO PODE PERDER EM DESPERATE HOUSEWIVES...

O desenrolar do suicídio de Mary Alice. De todos os mistério explorados nesses 8 anos, o caso da primeira temporada é de longe o mais interessante.

Os Scavos. Eles trazem os melhores momentos família do seriado, tanto comicamente quanto dramaticamente.

Paul Young. Não existe "ame-o ou deixe-o" com ele, é apenas "o odeie". E o que seria de um seriado sem um vilão para odiar.

Bree Van De Kamp. Criada para ser uma dama para a sociedade, é a dona de casa ideal: os melhores pratos, a casa impecavelmente organizada, e, sim, sua grama é a mais verde. Felizmente, por traz de toda essa fachada existe os casos mais trágicos.


MAS O QUE DEVERIA - SE PUDESSE - EVITAR...

Susan Mayer. Apesar de ser a queridinha do seriado, sua personagem é usada como escape cômico com muita frequência, fazendo com que ela se torne um pouco cansativa.

Episódios pós morte. Sim, no decorrer desses 8 anos muitos personagens morreram mas o episódio "Vamos no sentar e relembrar como o finado foi importante na vida de cada uma de nós" é um tanto quanto chato (principalmente quando se trata do "faz tudo" da vizinhança que aparece só como desculpa para os roteiristas matarem alguém próximo às donas de casa).

Episódio desastre. Um foi bom, deu aquele choque de destruir toda a vizinhança, mas reconstruí-la rapidamente e destruí-la com outro desastre na temporada seguinte não dá impacto algum.







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